sábado, 25 de junho de 2011

Couve-flor

A couve-flor (Brassica oleracea) é uma hortaliça do tipo inflorescência (conjunto de flores). É composta por flores brancas bem unidas, rodeadas de folhas alongadas. A couve-flor de cor branca é a mais comum, mas também é possível encontrar esta hortaliça com coloração creme, amarela, roxa ou verde.
A couve-flor, assim como outras hortaliças de cor branca, possui pigmentos flavonóides, classificados como antoxantinas. Os flavonóides são pigmentos naturais, pertencente a um grande grupo de metabólitos secundários da classe dos polifenóis, sendo geralmente encontrados em frutas, flores e vegetais. Os flavonóides são conhecidos por seu poder antioxidante, inibindo as reações de oxidação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL), que resultam em fenômenos tissulares responsáveis pela aterogênese e trombogênese.
A couve-flor possui também os glucosinolatos, compostos nitrogenados que promovem a proteção contra carcinogênese e mutagênese, sendo ainda ativadores das enzimas de detoxificação do fígado.
Essa hortaliça é rica em minerais como cálcio, fósforo e ferro e em vitaminas do complexo B.
Os talos e folhas da couve-flor também são consumidos, pois possuem alto teor de nutrientes, assim como a inflorescência da hortaliça.


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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mitos e verdades sobre alimentação - Ficar sem jantar emagrece?

MITO. No início ficar sem jantar pode até ajudar a emagrecer, já que você estará comendo menos e ingerindo menos calorias do que o normal. Mas, com o tempo, ficar um período de tempo grande sem comer pode deixar o metabolismo do corpo mais lento, provocando o aumento do peso. Além disso, quando não fazemos uma refeição, normalmente ficamos com mais fome e acabamos comendo mais na refeição seguinte. Ou seja, pular refeições e ficar muito tempo sem comer pode colaborar para o ganho peso e não para emagrecer, ao contrário do que se pensa. Por isso, o melhor para perder ou manter o peso é reduzir a quantidade de cada refeição e aumentar o fracionamento da dieta, fazendo de 4 a 6 refeições por dia, e obedecendo aos princípios de uma alimentação saudável.

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sábado, 11 de junho de 2011

Alimentos orgânicos: aliando saúde e sustentabilidade

Os alimentos orgânicos podem ser de origem animal ou vegetal. No caso dos produtos de origem vegetal, os alimentos orgânicos são cultivados sem o uso de fertilizantes sintéticos, pesticidas, herbicidas ou fungicidas. No caso dos produtos de origem animal, como carnes e leite, é excluído o uso de reguladores de crescimento e aditivos sintéticos para a alimentação animal.

O processo de produção baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças.

Em relação ao teor de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios), não existem diferenças entre os produtos tradicionais e os orgânicos. Porém, os orgânicos apresentam maior teor de micronutrientes (vitaminas e minerais) do que os alimentos tradicionais. Os orgânicos trazem maiores benefícios para a saúde, pois a ausência de produtos químicos evita conseqüências como aumento do risco de cêncer, alergias, asma e danos neurológicos.

Características como cor, aroma e sabor são preservadas e intensificadas nos alimentos orgânicos.

Os orgânicos seguem a tendência mundial de aliar saúde, sustentabilidade, qualidade e sabor. Por isso, o consumo desses produtos vem crescendo cada vez mais, propiciando o aumento do crescimento e arrecadação do setor. Em 2010, a produção de alimentos orgânicos teve um crescimento de 40%, ultrapassando o crescimento da produção dos alimentos tradicionais. De acordo com a BrasilBio, no ano de 2011 a produção de orgânicos deve ter crescimento semelhante, o que deve elevar o faturamento do setor para R$ 700 milhões.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Alimentos funcionais e nutracêuticos

Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado que o mesmo pode afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo, além de possuir os adequados efeitos nutricionais, de maneira que seja tanto relevante para o bem-estar e a saúde quanto para a redução do risco de uma doença. Os alimentos funcionais devem ser alimentos comuns, que estão presentes na dieta habitual das pessoas, mas que possuem compostos que apresentam benefícios à saúde, tais como as alicinas presentes no alho, os carotenóides e flavonóides encontrados em frutas e vegetais, os glucosinolatos encontrados nos vegetais crucíferos, os ácidos graxos poliinsaturados presentes em óleos vegetais e óleo de peixe.

Os alimentos e ingredientes funcionais podem ser classificados de dois modos:

  • quanto à fonte: de origem vegetal ou animal;
  • quanto aos benefícios que oferecem, atuando em seis áreas do organismo: no sistema gastrointestinal; no sistema cardiovascular; no metabolismo de substratos; no crescimento, no desenvolvimento e diferenciação celular; no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes.

Para que um alimento seja considerado funcional, ele deve apresentar as seguintes características:

  • devem ser alimentos convencionais e serem consumidos na dieta normal/usual;
  • devem ser compostos por componentes naturais, algumas vezes, em elevada concentração ou presentes em alimentos que normalmente não os supririam;
  • devem ter efeitos positivos além do valor básico nutritivo, que pode aumentar o bem-estar e a saúde e/ou reduzir o risco de ocorrência de doenças, promovendo benefícios à saúde além de aumentar a qualidade de vida, incluindo os desempenhos físico, psicológico e comportamental;
  • a alegação da propriedade funcional deve ter embasamento científico;
  • pode ser um alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha sido removido;
  • pode ser um alimento onde a natureza de um ou mais componentes tenha sido modificada;
  • pode ser um alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes tenha sido modificada 

Já o nutracêutico é um alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios médicos e de saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento da doença. Tais produtos podem abranger desde os nutrientes isolados, suplementos dietéticos na forma de cápsulas e dietas até os produtos beneficamente projetados, produtos herbais e alimentos processados tais como cereais, sopas e bebidas. Os nutracêuticos podem ser classificados como fibras dietéticas, ácidos graxos poliinsaturados, proteínas, peptídios, aminoácidos ou cetoácidos, minerais, vitaminas antioxidantes e outros antioxidantes (glutationa, selênio).

O alvo dos nutracêuticos é significativamente diferente dos alimentos funcionais, por algumas razões, como:

  • enquanto que a prevenção e o tratamento de doenças (apelo médico) são relevantes aos nutracêuticos, apenas a redução do risco da doença, e não a prevenção e tratamento da doença estão envolvidos com os alimentos funcionais;
  • enquanto que os nutracêuticos incluem suplementos dietéticos e outros tipos de alimentos, os alimentos funcionais devem estar na forma de um alimento comum.
Esta postagem foi baseada no artigo "Alimentos funcionais e nutracêuticos: definições, legislação e benefícios à saúde", de Fernanda P. Moraes e Luciane M. Colla. Para fazer o download do artigo completo, clique aqui.